domingo, 21 de março de 2010

64'Amarelo° AssoalhoO






AgOra vem a aDptação para o encaixe perfeito.


sexta-feira, 5 de março de 2010

VENENO- FUSCA 1600

Como melhorar a potencia especfica de um fusca 1600.

Potência específica é a relação entre a potência e a capacidade cúbica de um motor. Em outras
palavras, quanto de potência gera cada litro do motor. Quanto maior sua potência específica, maior o
aproveitamento do motor. A evolução dos motores caminha no sentido de aumentar a potência
específica sem que percam durabilidade. Vejam o exemplo do moderno motor 2,4 litros do Marea. Ele
produz os mesmos 160 cv com quase a metade da cilindrada do Omega 6 cil. nacional, que precisa de
4,1 litros para gerar a mesma potência (esse motor do Omega é o motor Opala melhorado pela
engenharia da Lotus). Outro exemplo: a potência específica de um motor da Fórmula 1 moderna é de
mais ou menos 300 cv:litro ( 900 cv de 3 litros). Imaginem um motor de Uno Mille com 300 cv, e isso
sem a ajuda do turbo. Isso já dá uma idéia da tecnologia que vai nesses motores. Já os motores Ford
Cosworth da década de 1970 geravam a metade da potência nos mesmos 3 litros. Eram 470 cv, ou seja,
152 cv: litro; ainda alta para os carros de rua atuais, mas, baixa em relação à F-1 de hoje.
Então, quando falamos sobre preparação de motores, estamos justamente tentando otimizar sua
cilindrada. Mas cada motor tem um limite, onde, daí para frente, sua durabilidade passa a ficar
comprometida. Esta preparação que aqui vai não compromete a resistência do motor, desde que seja
feita direitinho; então, vamos a ela. O motor Volkswagen 1600 refrigerado a ar tem uma potência
específica muito baixa — são só 40 cv por litro. Pois é, façam as contas: 65 cv de 1,6 litros. Hoje,
qualquer motor de mil cm3 produz seus 70 cavalinhos, portanto, quase o dobro. Então, não faz nenhum
mal se elevarmos a potência específica do VW 1600 para uns 60 cv por litro para chegarmos aos 100 cv
nesse motor. Um Fusca, que pesa lá seus 780 kg, se tiver uns 100 cv vai andar bem, ô se vai! Sua
relação peso: potência estará na mesma faixa de um BMW 330 original. Essa comparação já lhes dá
uma noção da brincadeira e creio que uma boa animada para encarar o trabalho, e despesa. Assim o
Fusca passará a ser uma boa fonte de prazer. De manhã, ao ligá-lo, você vai sentir um motor gostoso,
que acorda animado para a vida, roncando forte e disposto a subir o giro lá pra cima, bastando para isso
que lhe dê umas coçadinhas no acelerador.
Animou-se? Então vamos lá para a receita do Éber Botteon, que é o amigo que mais manja de Fusca
que eu conheço. Vamos começar pela refrigeração. Um motor que vira mais rápido esquenta mais,
então, uma boa precaução é trocar a lata da ventoinha pela do motor que vem nas últimas Kombi. Essa
lata tem um ressalto em sua chapa de trás, e assim, com um pequeno suporte na base do radiador de
óleo o deslocamos para esse ressalto. Isso tira o radiador do caminho do vento que vai para o 3º e 4º
cilindros (os que ficam do lado esquerdo de quem olha o Fusca por trás). Esses dois cilindros são os
que mais sofrem aquecimento nos motores antigos, justamente por terem o radiador barrando o vento
refrigerador, portanto, essa foi uma boa medida da Volks. O suporte e a lata podem ser achados em
ferro-velho e mesmo novos são baratos — uns 15 mangos o suporte e uns 50 a lata. Aí, vamos debulhar
o motor. Tirar os cabeçotes e mandar trabalhá-los, porque os originais são bem fuleiros. Trabalhar
envolve tirar rebarbas, ressaltos e polir os dutos. Desse modo melhoramos o fluxo da mistura
ar:combustível e também a direcionamos para o cilindro de modo a obter uma queima mais homogênea.
A saída dos gases queimados também é facilitada nesse trabalho, o que deixará o cilindro limpo para
receber mistura nova, boa para queimar. Isso melhora? Melhora pacas! Não adianta ficar socando
carburação grande se o fluxo da mistura é atrapalhado por um cabeçote com dutos que mais parecem
uma caverna ruída. Precisamos deixá-lo liso, e com fluxo condizente com os objetivos. Mais fluxo,
melhor enchimento dos
cilindros, mais rotação, mais potência. Essa é a idéia de todo este nosso trabalho: o pistão, ao baixar,
suga a mistura, portanto, facilitemos seu trabalho de sucção.
Outra: o pistão, ao subir no momento de escape, limpa o cilindro, portanto, facilitemos seu trabalho de
limpeza. Cabeçote trabalhado, vamos para um comando de válvulas de homem — um que mantenha as
válvulas abertas por mais tempo e assim entre mais mistura. Um comando de 276 graus vai levar o giro
final, das 5.000 rpm que o motor original atinge, para umas 6.500 rpm. Vejam, vejam que aumentamos
em 30 % o número de explosões por minuto. Só nisso já ganhamos uns 30% de potência, pois no
mesmo espaço de tempo temos mais explosões trabalhando, empurrando os cilindros... sacou? E
agora, se cada uma dessas explosões for mais forte que as originais vamos ganhar potência aí também.
Então, tratemos de aumentar a taxa de compressão da módica taxa de 7,2:1 original para uns 13:1, pois
agora vamos usar o álcool como combustível, e esse agüenta a taxa alta e está bem barato em relação
à gasolina... compensa.
Ôpa, ôpa! A coisa está ficando boa! Vamos dar uma melhorada na carburação do bichinho pra alimentar
esse comando e esse cabeçote que estão mais generosos. A grande maioria dos 1.600 vem com
carburação dupla Solex 32 — um carburador simples em cada lado do motor, cada um alimentando dois
cilindros. Vamos aumentar sua “boca” dos 32 mm para 35 mm. Então mandamos esses carburadores
para um torneiro mecânico que vai aumentá-la para 35 mm e trocaremos sua borboleta pela do
carburador original dos Chevette, que usavam um Solex 35 mm.
Os difusores serão trocados: dos 24 mm originais para de 26 mm. Colocar giclês 100 de ar. Os de
marcha lenta: 70, e o principal: 180. Pronto! Essa carburação já basta! Se quiser tascar um ou dois
Weber duplos de 40 mm fica melhor, mas sai caro. Se você tiver essa bala ela será bem útil — depende
do pistoleiro aí...
Uma aliviada no volante do motor é bom, isso vai diminuir a inércia na subida de giro do motor, e ele vai
subir o giro rapidinho... zumm, zumm! Pode tirar uns 30 % de seu peso que não fica frágil. O torneiro
faz isso fácil, fácil. Ô castanhola! E não é que ficou um motorzinho do capêta! Pneus, freios,
amortecedores... cuide disso porque o bicho vai andar pra valer, vai sim. Agora, vamos ver o quanto vai
custar essa farra:
1) Lata e suporte do radiador de óleo: R$ 80,00
2) Trabalho nos 2 cabeçotes e taxa: R$ 700,00
3) Trabalho na carburação: R$ 100,00
4) Comando de válvulas: R$ 280,0
5) Alívio do volante: R$ 50,00
TOTAL: R$ 1.210,00

Obs: esses valores são relativos e estão aqui só para parâmetro, pois não há tabela para esses
serviços e peças.

VENENO LEVE NO VW AR

Ganhe de 5 a 10cv de potência com pequenos ajustes
e sem tirar o motor.

Os VW "a ar" ainda são numerosos em todo o Brasil. Mesmo "originalmente" não apresentando um bom
desempenho, é bastante utilizado para preparações.
Porém, como não são todos que podem fazer grandes mudanças - o que custa caro e pode comprometer a vida útil -
uma opção de veneno leve é trabalhar a carburação, escape, acionamento, ponto e ignição. Com isso, num 1600 é
possível ganhar até 10cv e acrescentar 15Km/h. Achou bom ? Então mãos a obra....
Carburador - Este deve ser levado a um torneiro-mecânico e aumentar o diâmetro do difusor (venturi). A partir do
diâmetro original, de 20mm (carburação simples do Gol 1300) até 26mm (carburação dupla do SP-2), solicite aumento
de diâmetro em mais 7%. Ex. se o diâmetro for 26mm, passará para 27,82mm. Apesar de aparentemente mínimo, este
valor representa um aumento de área de 15%.
Giclês - Também é necessário aumentar o giclê principal. Multiplique o diâmetro do difusor por 5. No exemplo
anterior, tínhamos 27,82 que exigirá um giclê de 27,82 x 5 = 139,1. Como não é possível encontrar giclês de qualquer
tamanho, então compre um que se aproxime da medida e aumente-o através de broca. Neste exemplo, compraríamos
um 130 ou 135 e depois aumentaríamos com broca 1,400mm. Depois de alterações no giclês, funcione o motor por
um bom tempo e examine os eletrodos das velas (marron = bom; cinza para negro = giclê grande demais; cinza claro
para branco = giclê pequeno).
Acionamento : Parece bobagem mas é um item que, bem regulado, faz diferença ! Tire uma tarde para dar um trato na
sua. Desmonte e monte o conjunto, limpando as impurezas e lubrificando peças móveis. Engraxe e estique o cabo do
acelerador, troque as molinhas e equalize a abertura dos carburadores. O acelerador deve "parecer leve" e o motor
precisa responder ao mínimo toque.
Filtro de Ar : Deve ser substituído por outro esportivo que permita maior passagem de ar. Uma alternativa
interessante e bastante usada é a colocação das cornetas de carburação de motos acima de 400cc.
Escape : Troque-o por um esportivo do tipo dimensionado. Apesar de obrigatório por lei, o silenciador não é
recomendado para ganhos de potência.
Bobina, velas e cabos : Uma bobina de alta potência, juntamente com cabos de vela de silicone só ajudam. As velas
devem ter seus eletrôdos abertos para 8,5mm.
Ignição e Ponto : Se o carro for equipado com platinado e condensador, pense na possibilidade de substituí-los por
uma ignição eletrônica. O ponto deve ser ajustado em 12 graus apms.
Lembre-se : esta é uma receita leve, sem retirada de motor e totalmente nacional. É um começo, mas certamente
você vai perceber a diferença... e o que é melhor : sem gastar quase nada.

Abraços,