sábado, 9 de janeiro de 2010

Historia do GalaxiE

A linha do tempo do Ford Galaxie é recheada de curiosidades e detalhes que fazem cada veículo único, foram tantas as opções oferecidas ao longo dos anos de produção, tantas versões e vários detalhes que permite ao Galaxie manter sua sofisticação em todas suas versões, das mais básicas às mais requintadas.

A origem americana.

O maior carro já produzido no Brasil tem suas raízes nos Estados Unidos, país sede da Ford, a fábrica que criou e trouxe ao púlbico a linha Galaxie. Em 1959 o nome Galaxie 500 surge anunciando a versão top de linha do sucesso Fairlane, até então o mais cobiçado sedan da marca.
O nome é uma alusão a era da corrida espacial (Galaxie – remete a palavra inglesa Galaxy, em português Galáxia) e o número 500 é inspirado na vitória da 500 milhas de Daytona (1958).
Em 1960 o Galaxie 500 torna-se o sucessor natural da família Fairlane (em atividade desde 1956), uma caraterística do modelo é a presença constante de imponentes motores V8 debaixo do capô. Durante a década de 60 os maiores motores da linha Ford trouxeram força e vitalidade ao carro, uma força que variava entre “comuns” 200cv e podiam passar dos 400cv, de acordo com a cilindrada oferecida entre os “small e big blocks” (blocos pequenos e grandes), para cada tipo de motor cilindradas que variavam a relação peso-potência, tornando-o um carro versátil, de familiar a esportivo.
Durante a trajetória o veículo recebeu diversas opções de carrocerias, entre elas: Sedan (4 portas três volumes), Sport Sedan (três volumes, 4 portas e sem coluna), Coupé (duas portas sem coluna), Conversível, Pick-Up (pequena caminhonete com acabamento sofisticado), Ranchero (caminhonete com acabamento rústico), Station Wagon (perua com 4 portas) e Ambulance (versão alongada da Station Wagon).
Mas sem dúvida alguma entre os mais nostálgicos Galaxies norte-americanos está o 7 litre, que poderiam sair tanto na versão conversível, quanto na coupé e que ostentavam os motores (427, 428 ou 429) os maiores da época. Essas versões foram as responsáveis pelo sucesso do automóvel na Nascar e em diversas competições, popularmente chamadas de “corra no domingo e venda na segunda”, onde os Galaxie 7 litre eram vendidos por preços acessíveis aos pilotos de final de semana, com o compromisso de participarem de um número pré-determinado de corridas. O sucesso com as vitórias nas categorias era tanto que, nas segundas-feiras, as concessionárias Ford lotavam de pedidos para toda a família Galaxie.
O Galaxie continuou como o absoluto rei entre os modelos da Ford, em seu curriculun carregou as versões LTD, LTD/Landau e Broughan de apelo familiar e luxuoso, características que vieram para manter vivo o automóvel top de linha da marca. Em 1974 o nome Galaxie aposenta-se, nos Estados Unidos depois de 16 anos na ativa, mas deixa seus herdeiros pois o LTD foi seu substituto natural. De certa forma o veículo continua ainda vivo, só que com o nome de Crown Victória, a estrutura é mantida, um carro de grandes dimensões, muito conforto desde as versões mais espartanas e construção de carroceria em um chassi. Tradicionalmente ainda com um motor V8 a dianteira e tração traseira. Devido a robustez ele, ainda hoje, é um dos prefeirdoa pelas patrulhas policiais, taxistas e famílias em todo o continente norte-americano.

O Elo de ligação:

Em 1966 o Galaxie americano serve de inspiração para sua versão “tupiniquim”, mas por aqui a única carroceria utilizada foi a Sedan e a motorização escolhida foi o motor V8 272, que já era usado por aqui nos caminhões da marca. Alguns detalhes estéticos foram substituídos em função de um melhor aproveitamento da linha de produção.

O Galaxie no Brasil

1967

Uma questão de mercado
Em 1967, mais precisamente no dia 16 de Fevereiro o primeiro Ford Galaxie 500 saí da linha de montagem, o carro já tinha chamado à atenção do público no final do ano anterior no “V Salão do Automóvel de São Paulo” e marcou sua época por ser o primeiro automóvel de passeio nacional da Ford.
A marca que já ocupava o território brasileiro desde 1919 até então estava dedicada a montagem de automóveis e a fabricação somente de caminhões e utilitários.
O Galaxie caiu como uma luva na planta nacional, pois atendia os pedidos do público por um veículo confortável e moderno e também poderia receber a mecânica dos utilitários que já circulavam por aqui, aliando assim econômia em escala indústrial e satisfação do cliente.
O motor V8 272 de 164cv e o câmbio de três marchas formavam um conjunto mecânico robusto e ao mesmo tempo macio proporcionando um rolar confortável, mesmo nas pavimentações de péssima qualidade da época.
Por fora a carroceria grande com 5,40m de comprimento e 1,99m de largura (medido da maçaneta a maçaneta), frisos de alumínio contornando as caixas de rodas, nas laterias entre os recortes dos páralamas e na grade dianteira.

Sofisticado e bonito

Os cromados dos párachoques conferiam ainda mais brilho ao elegante modelo, ao mesmo tempo grande e esguio, um desenho em boa parte conferido pela frente com dois pares de fárois dispostos na vertical.
A grade em alumínio polido inteirissa com uma abertura horizontal central (de ponta a ponta) acomdodava as luzes de direção dianteiras (os piscas). No centro do capô do motor, na dianteira a inscrição Ford em quatro letras posicionadas separadamente e no topo um elegante adorno, conhecido como mira, com três leões desenhados.
Nos páralamas dianteiros, apoiado no vinco da linha da cintura, um brasão com a inscrição Ford e os três leões dispostos na vertical (os mesmos da mira). Na parte superior do direito a antena elegantemente apoiada com um acabamento retangular cromado.
No páralama traseiro esquerdo uma tampa retangular abriga o bocal do tanque de combustível, a tampa lisa e sem chave de proteção dá acesso ao compartimento com capacidade total de 76 litros.
A traseira elegânte demonstrava claramente a grande “virtude” do porta-malas acomodar muita bagagem. O desenho mantinha beleza dos cromados e adornos com a praticidade da tampa que chega até a altura do párachoques traseiro, facilitando o acesso ao compartimento.
Boa parte da harmonia e beleza da traseira são proporcionadas pelas lanternas vermelhas de desenho quadrado, enfeitadas por um pequeno quadrado branco ao centro com adornos que lhe conferem a aparência de uma mira.
Os contornos das lanternas são destacados por um friso cromado, um outro conjunto de frisos formam um grande retangulo que ultrapassa os limites da tampa traseira e chegam às lanternas, ao centro quatro letras formam a inscrição Ford.
Para acomodar as bagagens muita simplicidade, nada de forrações, carpetes ou tapetes, somente a parte interna da lataria pintada na cor do veículo.

As cores galáticas

A carroceria trouxe pinturas em oito tons de cores (todos sólidos) os nomes traziam alusões a elementos espaciais: Vermelho Marte, Bege Terra, Verde Júpiter, Preto Sideral, Cinza Cósmico, Azul Infinito, Azul Ágena e Branco Glacial. Opcionalmente a capota poderia vir na cor Branco Glacial criando, assim, o efeito “saia e blusa”.
As rodas, pintadas na cor da carroceria do veículo poderiam ser equipadas com duas opções de calotas. Uma pequena, que cobria o conjunto de porcas e prisioneiros, feita em metal cromado com pequenos detalhes em preto fosco vinílico com a inscrição Ford marcada três vezes no centro.
A outra opção eram as chamadas “supercalotas” que cobriam as rodas por completo, feitas em alumínio polido com os rebaixos pintados em preto fosco vinílico e com o miolo em acrílico com fundo refletivo em vermelho.

Por dentro

A tapeçaria é considerada um show de beleza à parte, os bancos inteiriços, poderiam ser revestidos em vinil ou combinar a forração de tecido com vinil. Enfeites no tecido com faixas decoradas conferiam requinte a tapeçaria, tudo desenhado em relevo (chamado de “costura eletrônica”) os assentos combinam com as forrações de porta que ostentam filetes cromados entre os materiais de forração.
O inteiror poderia vir nas cores, Preto, Bege, Azul ou Vermelho, que combinandas com a carroceria formavam um leque com 52 possibilades de combinações cores. O painel mantinha a almofada dos instrumentos na cor dos estofamentos assim como o vinil da parte superior do painel. O desenho também trazia detalhes, em costura eletrônica, formando gomos retos.

Prazer ao dirijir

Ajudado pela direção hidráulica e pela ergonomia do painel, o Galaxie pode ser prazeiroso simples e eficiente de se conduzir. Para monitorar não é necessário desviar o campo de visão do motorista, tão pouco é preciso grandes deslocamentos do foco de atenção.
Com o medidor de nível do combustível à esquerda, velocimetro ao centro e abaixo dele o relógio de horas. Ainda no quadro principal do painel, deslocado para o centro, o miolo de contato da ignição.
As luzes-espia também ajudavam a parceber as condições mecânicas, uma para alertar se o motor ainda está frio, outra para avisar o super-aquecimento e uma terceira que alerta sobre o nível de óleo.
Abaixo do painel, ao lado esquerdo encontra-se também uma lâmpada internitente que avisa o acionamento do freio de estacionamento (feito com o pé, como nas caminhonetes atuais). Para comandar a ventilação interna e o acendimento das luzes botões cromados, parecidos com o do rádio AM, item de série. Dentro do porta-luvas um interessante “clipe” permite a fixação de documentos.

Toques de sofisticação

Os detalhes cromados internos ficavam por conta do retrovisor interno da alavanca de câmbio (na coluna de direção), haste das luzes de direção (com lampejador) e do “meio-aro” da buzina no volante. No painel uma linha em aço inox polido com textura estriada servia de adorno e contorno separativo dos materiais de fabricação.
As portas também traziam detalhes cromados, nas maçanetas internas e nas manivelas dos vidros, um ítem pouco comum é a abertura quebra-vento, feito também atraves de manivelas (com tamanho menor) localizadas nas portas dianteiras.

Curiosidade

Um detalhe interessante e raro de se ver nos modelos que remanesceram é a ausência do retrovisor externo, item não obrigatório na época, mas que foi adotado pela grande maioria dos motoristas devido as enormes proporções do automóvel.


1968

A saga continua
Em 1968 o carro manteve-se praticamente inalterado, a não ser pelo painel que deixou de ter gomos “retos” e ganhou gomos “acolchoados”, o friso polido estriado foi substituído por um liso.

1969

A família cresce
Em 1969 uma pequena mudança, a antena passa a ser fixada no páralamas dianteiro esquerdo. O Galaxie 500 ganhou seu primeiro “parente direto” o Galaxie LTD, uma versão ainda mais confortável, com direito ao teto de vinil, um ítem que o seguiria até o final de sua jornada e se tornaria um dos acabamentos mais lembrados e emblemáticos da linha Galaxie.
Dois opcionais chegariam, para a família Galaxie, o ar-condicionado e o câmbio automático, esse último marcou época por ser inaugurar esta opção de câmbio entre os veículos nacionais. No quesito mecânica, enquanto o 500 manteve o conjunto, o LTD ganhou o novo motor V8 292 de 190cv.

1970

Em busca da Simplicidade
Em busca de um público ainda maior a Ford investiu em um novo segmento para seu grande veículo, em 1970 chega ao mercado a versão básica do modelo, com o nome de Galaxie (sem o numeral 500) conhecido como Standard.
O carro era bem espartano, para um automóvel de suas dimensões, não possuia direção hidraulica, ar-condicionado, rádio ou relógio. As calotas eram pequenas e cobriam apenas o conjunto de párafusos das rodas. Na aparência a idéia sugerida era clara pela ausência da maioria dos frisos. As laterais de porta acompanhavam a mesma tendência – a tapeçaria era obrigatóriamente na cor preta. O carpete era mais simples e foi extendido à toda linha. Com mais esse integrante a Família Galaxie segue com três veículos sobre a mesma plataforma, diferenciando-se apenas no acabamento e itêns de conforto. No modelo LTD abaixo do friso de contorno da carroceria a lataria das chamadas “caixas de ar” eram pintadas em preto fosco vinilíco – o carro ganhou o apelido de “faixa-preta”.

1971

Um novo top de linha
Em 1971 os carpetes foram diferenciados, o modelo básico ficou com o mais baixo e as outros com o mesmo oferecido até 69. A versão top de linha o Galaxie LTD perdeu sua “faixa-preta” e passou a se chamar LTD/Landau. O carro ganhou ainda mais conforto, a vigia traseira ficou menor e ele ganhou um adorno em formato de “S” na coluna traseira (Coluna “C”) – a idéia era lembrar as elegantes carruagens francesas de luxo chamadas Landau (a pronuncia em francês é “landô”, mas aqui no Brasil a palavra ganhou o som de como se escreve mesmo). Na dianteira do capô, bem ao centro, trazia a inscrição “LTD” que idêntificava o modelo.
A linha inteira recebeu novas lanternas traseiras, o tradicional desenho “quadrado com uma mira no centro” foi trocado por outro de mesmo tamanho mas com três gomos, uma alusão a outros modelos famosos da Ford americana como, por exemplo, o Mustang – a esse tipo de lanterna foi dado o apelido de capelinha.

1972

O fim da simplicidade
Este é o último ano da despojada versão popular do Galaxie, permanecendo assim somente o Galaxie 500 e o Galaxie LTD/Landau. Em 1972 a traseira mais alta com lanternas quadradas e o desenho capelinha saí de fabricação. Em 1973 um novo desenho chegaria para a família Galaxie.

1973

Tradição e um novo desenho
O ano de 1973 trouxe um novo desenho para a Família Galaxie, o conjunto óptico dianteiro ganhou a seta adornada por uma moldura em metal zamaq de desenho retangular, uma bela peça cromada que conferia ainda mais requinte ao modelo.
Na linha 500 a seta ficava na grade, composta por frisos horizontais “de farol a farol”, já na versão LTD/Landau a grade era de tamanho reduzido e na vertical, esta ficava só na parte central da dianteira do veículo. Sobrando ainda uma sessão entre os faróis e a grade composta de lata na cor do veículo, chamado de bandeja. Nessa peça bem ao centro era adornado os piscas dianteiros.
Ainda na dianteira do carro o capô ganhou um novo desenho com um ressalto ao centro que abria em desenho de funil para o sentido do párabrisas.
Na traseira a tradicional lanterna quadrada foi substituída pela de desenho retangular e perfil inclinado. Ao centro um pequeno retangulo. Para alojar a nova lanterna a traseira do carro foi retrabalahada.

1974

A consolidação
Sem alterações no desenho o Galaxie 500 e o Galaxie LTD/Landau mantém-se como os carros mais caros e de maior luxo oreferecido pela Ford do Brasil. O modelo 500 passa a ser mais espartano nos acabamentos internos. Os pedais perderam as molduras em alumínio polido e o portamalas passa perde boa parte de sua tapeçaria, as laterais agora passam a lembrar os primeiros modelos sem os “papelões” de acabamento.

1975

O fim de uma era
Para os mais tradicionalistas o ano de 1975 é considerado o final de uma época de ouro do Ford Galaxie. Esse é o último ano da chamada frente em pé com o conjunto ótico disposto na vertical e do desenho hardado do Galaxie 1966 norte-americano.




UMA NOVA FASE NA VIDA DO GALAXIE

1976

De cara nova!
Um novo desenho chega a linha Galaxie, dessa vez uma revolução de estilo considerado um verdadeiro divisor de águas entre o carro já tradicional e o inovador de projeto nacional.
As alterações de carroceria aconteceram somente na dianteira e na traseira do carro, mas foram suficientes para dar um novo desenho. Os faróis agora ficaram dispostos na horizontal com lanternas nas extremidades. O desenho foi inspirado nos Lincolns da época, considerados os “Tops” da Ford nos Estados Unidos da America.
A traseira ficou mais baixa e o conjunto de luzes diferenciado dos demais veículos da época. Três pequenos retangulos vermelhos formavam as lanternas, freio e piscas. Todas acendiam ao mesmo tempo em lâmpadas de dois filamentos. Um para freio e outro para luz noturna. Quando acionado o pisca somente o lado requisitado ficava intermitente. As luzes de ré continuaram no pára-choques traseiro.

Três modelos de Galaxie
A família foi desmembrada em três modelos o Galaxie 500, mais simples e com grade dianteira na horizontal (de lanterna à lanterna). O Galaxie LTD intemediário e o Landau top de linha. Esse último muito parecido com o LTD, mudando na carroceria apenas a vigia traseira (no Landau pequena e no LTD grande).
O landau trazia ainda novas calotas herdadas dos Lincoln norte-americanos com o tradicional desenho da marca (a mira retangular) no centro. Esta mesma mira também virou enfeite de capô, porém enquanto no modelo americano a disposição era na vertical, aqui no Brasil ela ganhou o desenho horizontal.

As cores
Enquanto a família recebeu diversas cores no 500 e no LTD o Landau era oferecido somente na cor Prata Continental e a novidade é que o teto embora de vinil acompanhava a cor da carroceria.
Os LTDs tinham uma opção maior de cores e poderiam combinar o vinil entre o Areia, o Marrom e o preto. Para o Galaxie 500 não era oferecido de fábrica o teto de vinil, alguns proprietários optavam pela colocação na concessionária.


EstofamentoPor dentro a linha 500 e também o LTD vinham com a tapeçaria em jersey de cor preta. Já no modelo Landau era combinada em curvim preto com cassemira desenhada. Pequenos nas forrações de portas traziam um desenho sinuoso.

1977

Vinil preto novamente
Os carros continuaram idênticos apenas o modelo Landau perdeu o teto de vinil prata de série que passou a ser na cor preta. O teto viria apenas na cor prata como opcional de fábrica.

1978

Várias Fases e uma nova cor
Uma nova cor chega para o Landau o cinza executivo. Mais escuro que o prata continental. Em 1978 houve também as chamadas “Fase 1” e “Fase 2” do veículo. Na primeira fase somente a cor o deferencia do modelo 1977, na segunda a tapeçaria passou a ser em veludo, o volante deixou de ter apenas dois raios e passou a ter quatro com o acionamento da buzina quadrado e o veículo perdeu também diversos cromados. Opcionalmente também foi oferecido o interior na cor cinza claro.

1979

Comemoração em grande estilo
Estéticamente o carro continua o mesmo, mas importantes mudanças chegaram para a linha Galaxie. A saída do ar condicionado deixa se ser fixada abaixo do painel e passa a integrá-lo, isso dá ao interior do veículo um aspecto de ainda mais luxo, uma vez que o espaço fica otimizado e a aparência mais limpa.
A elétrica do carro também mudou e conta agora com ignição eletrônica em substituição do sistema de condensador e platinado, melhorando assim a queima das velas e também o rendimento do carro.
O Landau passa a ser oferecido na versão movida a alcool, é o primeiro carro do mundo com essa versão. O fato histórico ficou marcado com a entrega de um Landau a Alcool ao então presidente da república, o Gal. E. Figueiredo.
Para comemorar os sessenta anos da Ford no Brasil foi lançado um Landau denominado SE (Série Especial) foram apenas 300 unidades e todas na cor Vermelho Scala.
Nesse ano também despediu-se da linha de produção o Galaxie 500, que em seu último ano ganhou uma nova pintura da grade, agora só contornada de cromo com o restante pintado em preto fosco vinilico.

1980

As opções dimuem
Agora somente o Galaxie LTD e o Galaxie Landau seguem no mercado, os carros ganham um novo retrovisor lateral com comando interno, os tradicionais “olhos de gato” dos páralamas traseiros ganham um novo desenho e uma lâmpada interna para acender junto com as lanternas do veículo.
O Landau além de novas forrações de porta ganham também a opção de cores: Azul Clássico, Preto Bali, Branco Nevaska II, Cinza Granito e Verde Astor. O carro passa a ser oferecido somente na versão com câmbio automático.

1981

Somente o topo
O LTD deixa a linha de produção e fica somente o modelo Landau. A carroceria ganhou pequenos detalhes, no pára-choque dianteiro uma pequena grade que acompanha o desenho da grade principal enfeitando o vão de abertura abaixo do borrachão.
E para-choques traseiro agora é liso, a luz de ré passou para o próximo das lanternas traseiras, subistituindo a secção central. O centro do conjunto ótico traseiro teve sua régua preta substituída por uma cinza clara, parecida com a dos modelos 76 e 77 mas de tamanho maior, abrangendo as luzes de ré. Esse desenho é chamado de traseira branca.
O desenho dos bancos foi substituído mas as forrações de porta permaneceram, pela primeira vez um “Galaxie de frente deitada” recebe a opção de tapeçaria. Em 1981 a maioria dos Landau saíram com o interior azul em vez do tradicional cinza. Nesse ano também a maioria dos veículos saíu movido a álcool.

1982

Quase sem mudanças.
O Landau recebeu apenas duas pequenas alterações, a perda das garras dos pára-choques traseiros (na metade do ano) e o desenho da mira (símbolo do veículo) entre o marcador de combústivel e o velocímetro.

1983

O final de uma história.
Em Fevereiro de 1983 o último Ford Galaxie Landau deixa a linha de montagem, idênticos ao modelo 82 os 125 veículos produzidos nesse ano marcaram o fim de uma era.
Oficialmente o carro foi subistituído pelo Ford Del Rey, também luxuoso e confortável, um veículo que trazia uma realidade mais próxima do mercado da época, porém em estilo e paixão os Galaxies continuaram os preferidos e por isso deixaram saudades.